sábado, 28 de abril de 2012

Dia da Educação - 28 de abril



"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe". (Jean Piaget)


A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.



Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dia Internacional do Livro


Magia de ler


O título já não importa...
Viajando nas palavras,
Vivendo uma história...
Ficção e realidade misturadas...
A cada linha uma nova descoberta...
Uma viajem na máquina do tempo,
Séculos, décadas passadas,
Reviver o passado...
Futuro desvendado,
Descobertas...
Sentimentos, despertam a todo momento...
Ira, amor, paixão...
Ódio, egoísmo, lágrimas de emoção...
Levados pela retina,
Através de cada capítulo,
À lugares e momentos tão reais,
Que quase se pode tocar...
A música pode ser ouvida,
Os aromas sentidos,
E até ficam no ar...
Prazer imenso,
Instantes intensos...
Olhos ávidos,
Pensamentos absorvidos...
Entregando-se ao fascínio,
Rompendo limites,
Vivendo a magia de ler um livro...

Butterfly.¸.•*

sábado, 21 de abril de 2012

21 de abril - Aniversário de Brasília - Dia de Tiradentes

Brasília, a capital do Brasil, inaugurada em 21 de abril de 1960, continua sendo uma das mais belas e a mais moderna cidade do país. Hoje ela completa 52 anos. Hoje, Brasília é uma bela cidade como no sonho de um homem que um dia vislumbrou o futuro de olhos bem abertos. 

"Deste Planalto Central, desta solidão em que breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com uma fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino".
Juscelino Kubistchek


Hoje é feriado que homenageia o ativista político e mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como TIRADENTES! Ele morreu enforcado no ano de 1792 nessa data!
 Ele lutou bravamente pela liberdade!


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dia Nacional do Livro Infantil - 18 de abril

Dia 18 de Abril é o Dia Nacional do Livro Infantil pois é a data de nascimento de um dos principais escritores de literatura infantil do Brasil, Monteiro Lobato! Ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperou os costumes e lendas do folclore nacional. E não parou por aí, misturou todos eles com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.

Ler um livro de Monteiro Lobato ou qualquer outro é entrar em um mundo novo e explorá-lo! Pois é, o livro é mágico por isso, nos permite viajar para lugares inacreditáveis e não queremos mais parar.



A MAGIA DA LEITURA

Abrir um livro
é ler as páginas inteiras
como quem percorre
inteira,
pelas ruas,
uma cidade

e ter a certeza
de que é possível
encontrar a liberdade

Abra um livro e viaje nessa fantasia!

“Folhear um livro é espreitar para dentro de uma caixinha sem chave, uma caixinha ao alcance das mãos e dos olhos. Não há segredos.
-         Que tens tu guardado para me dar? – perguntamos nós ao livro.
Aí o livro conta, não pára de contar o que dentro dele tem guardado para nós. (...)
Terminado, fechado, o livro que nos deu prazer fica-nos na memória, resiste ao esquecimento, ilumina ainda.“

Algumas obras desse fantástico gênio da literatura brasileira. O primeiro a escrever  livros especialmente para crianças

Reinações de Narizinho (1931) - volumes 1 e 2

Clássico da literatura infantil que vem atravessando gerações, o livro Reinações de Narizinho reúne seis das onze histórias que começaram a ser escritas por Monteiro Lobato, em 1920, e levaram cerca de uma década para ficarem prontas.

Neste livro Narizinho, a neta de Dona Benta, visita o Reino das Águas Claras e leva com ela a boneca de pano Emília. Com a chegada de Pedrinho, o primo da menina do nariz arrebitado que veio passar férias no Sítio do Picapau Amarelo, as reinações de Narizinho ficam ainda melhores. As crianças se divertem fazendo o Visconde com um sabugo de milho e planejando o casamento de Emília com o leitão Rabicó.



Este livro reúne cinco histórias de Monteiro Lobato que dão continuidade às aventuras no Sítio do Picapau Amarelo. Desta vez, Emília, Narizinho e Pedrinho recebem a visita de personagens como Cinderela, Branca de Neve e Pequeno Polegar. Também chega ao Sítio o Peninha, garoto invisível que trouxe no bolso algo que mudou a rotina dos netos de Dona Benta, o incrível pó de pirlimpimpim. Com esse pó mágico a turma do Sítio viaja para o Mundo das Maravilhas. Lá eles conhecem os fabulistas Esopo e La Fontaine e resgatam o Burro Falante que vai morar no Sítio.

Os doze trabalho de Hércules (1944)


Depois de conhecer Hércules em um trecho de O Minotauro – uma das muitas histórias que Dona Benta contou para os seus netos-, Pedrinho fica entusiasmado com as proezas do herói e convence a turma do Sítio do Picapau Amarelo a partir em uma aventura pela Grécia Antiga.

Um pouco de pó de pirlimpimpim, um, dois, três e... lá vão eles! Emília, o Visconde de Sabugosa e Pedrinho voltam mais de 2 mil anos ao passado bem a tempo de ajudar Hércules em sua primeira tarefa: combater o terrível Leão de Nemeia. Se os heróis da mitologia grega achavam que conheciam de tudo é porque ainda não tinham visto esta boneca de pano muito da sabichona, acompanhada de um sabugo de milho fidalgo e um garoto curioso e valente.

A aventura com o Leão, no entanto, é apenas a primeira tarefa terrível que Hércules tem para realizar, obrigado a enfrentar doze trabalhos. Hércules ainda teria que combater com a Hidra de Lerna, a Corça dos Pés de Bronze, o Javali de Erimanto, passar pela provação das Cavalariças de Áugias, combater as aves do lago de Estinfale e o Touro de Creta. Tudo com a ajuda “intelectual” de Emília, Pedrinho e do Visconde, já que – se tinha músculos e coragem de sobra – o semideus não era lá muito esperto.

Publicado pela primeira vez há mais de 60 anos, o livro faz parte de uma coleção de Monteiro Lobato que adapta contos de fadas e clássicos da literatura para as crianças. É uma maneira divertida de conhecer as lendas gregas, numa edição com ilustrações em aquarela de Cris Eich.

Deixo aqui a célebre frase do inesquecível Lobato
"Um país se faz com homens e livros"

Abra um livro e viaje no mundo mágico da leitura. O livro é o passaporte para o saber e também para o prazer.


Vídeo Emília a boneca gente

domingo, 15 de abril de 2012

Monteiro Lobato

A 18 de abril de 1882 em Taubaté, estado de São Paulo, nasce o filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro Lobato. Recebe o nome de José Renato Monteiro Lobato, que por decisão própria modifica mais tarde para José Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala do pai gravada com as iniciais J. B. M. L.

Juca era assim chamado – brincava com suas irmãs menores Ester e Judite. Naquele tempo não havia tantos brinquedos; eram toscos, feitos de sabugos de milho, chuchus, mamão verde, etc...
Adorava os livros de seu avô materno, o Visconde de Tremembé.
Sua mãe o alfabetizou, teve depois um professor particular e aos sete anos entrou num colégio. Leu tudo o que havia para crianças em língua portuguesa. Em dezembro de 1896, presta exames em São Paulo, das matérias estudadas em Taubaté. Aos 15 anos perde seu pai, vítima de congestão pulmonar e aos 16 anos sua mãe. No colégio funda vários jornais, escrevendo sob pseudônimo. Aos 18 anos entra para a Faculdade de Direito por imposição do avô, pois preferia a Escola de Belas-Artes. É anticonvencional por excelência, diz sempre o que pensa, agrade ou não. Defende a sua verdade com unhas e dentes, contra tudo e todos, quaisquer que sejam as conseqüências. Em 1904 diploma-se Bacharel em Direito, em maio de 1907 é nomeado promotor em Areias, casando-se no ano seguinte com Maria Pureza da Natividade (Purezinha), com quem teve os filhos Edgar, Guilherme, Marta e Rute. Vive no interior, nas cidades pequenas sempre escrevendo para jornais e revistas, Tribuna de SantosGazeta de Notícias do Rio e Fon-Fon para onde também manda caricaturas e desenhos. Em 1911, morre seu avô, o Visconde de Tremembé, e dele herda a fazenda de Buquira, passando de promotor a fazendeiro. A geada, as dificuldades, levam-no a vender a fazenda em 1917 e a transferir-se para São Paulo. Mas na fazenda escreveu Jeca Tatu, símbolo nacional. Compra a Revista Brasil e começa a editar seus livros para adultos. Urupês inicia a fila, em 1918.
Surge a primeira editora nacional Monteiro Lobato & Cia, que se liquidou transformando-se depois em Companhia Editora Nacional sem sua participação. Antes de Lobato os livros no Brasil eram impressos em Portugal; com ele inicia-se o movimento editorial brasileiro. Em 1931, volta dos Estados Unidos da América do Norte, pregando a redenção do Brasil pela exploração do ferro e do petróleo. Começa a luta que o deixará pobre, doente e desgostoso. Havia interesse oficial em se dizer que no Brasil não havia petróleo. Foi perseguido, preso e criticado porque teimava em dizer que no Brasil havia petróleo e que era preciso explorá-lo para dar ao seu povo um padrão de vida à altura de suas necessidades. Já em 1921, dedicou-se à literatura infantil. Retorna a ela, desgostoso dos adultos que o perseguem injustamente. Em 1945, passou a ser editado pela Brasiliense onde publica suas obras completas, reformulando inclusive diversos livros infantis.
Com Narizinho Arrebitado lança o Sítio do Pica-pau Amarelo e seus célebres personagens.
Sítio do Pica-pau Amarelo
Emília
Através de Emília diz tudo o que pensa; na figura do Visconde de Sabugosa critica o sábio que só acredita nos livros já escritos.
Dona Benta é o personagem adulto que aceita a imaginação criadora das crianças, admitindo as novidades que vão modificando o mundo, Tia Nastácia é o adulto sem cultura, que vê no que é desconhecido o mal, o pecado. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro. E assim, o Pó de Pirlimpimpim continuará a transportar crianças do mundo inteiro ao Sítio do Pica-pau Amarelo, onde não há horizontes limitados por muros de concreto e de idéias tacanhas.
Em 5 de julho de 1948, perde-se esse grande homem, vítima de colapso, na Capital de São Paulo. Mas o que tinha de essencial, seu espírito jovem, sua coragem, está vivo no coração de cada criança.
Viverá sempre, enquanto estiver presente a palavra inconfundível "Emília".
Biografia do Livro O Saci de Monteiro Lobato, publicada no
boletim Circulação Cultural, Ano I, n. 13, ago. 1999.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

História do Jeca Tatuzinho

Comemoramos no dia 18 de abril o "Dia Nacional do Livro Infantil" em homenagem ao escritor Monteiro Lobato.

JECA TATUZINHO
DE MONTEIRO LOBATO

Adaptação de Maria R. do Amaral
Tema: Higiene, Saúde e Trabalho
          Jeca morava no sitio. Era solteirão, por isso vivia só. Não totalmente, porque tinha um cão preto, sempre por perto. O apelido de Jeca Tatu advém da maneira como vivia. Caipira assumido e sempre muito sujo. Daí o TATU que é um animal que vive em buracos na terra.
          Morava em uma tapera cheia de buracos, onde a lua faz clarão. Também não consertava nada. No quintal só se viam um frangainho magricela, um patinho sem mãe e uma leitoazinha que corria por todos os lados em busca de alguma comida.
          Jeca, de cócoras, no quintal tomava sol. Não calçava, pois não tinha sapatos. Um chapéu de palhas, camisa xadrez e uma calça surrada.
          Plantar? Qual o que. Tinha muita preguiça. Meia dúzia de covas para o plantio do milho, e já entregava a rapadura. Buscar lenha no mato, era outra dificuldade. Vinha sempre com uns poucos gravetos nas costas.
          O melhor era descansar. Deitava-se em baixo de una árvore e ferrava no sono. O cãozinho aderira a vida e o caráter do dono. Estirado nas pernas do Jeca dormia a sono solto.
Ah! Mais a marvada da pinga, estava sempre por perto. Era o que atrapalhava e muito.
          Um dia passou por ali um médico que ao ver o Jeca, naquele estado de penúria, e amarelo de tanta debilidade física, compadeceu-se dele e pediu para que mostrasse a língua. Logo em seguida disse; Você esta com a língua muito suja. Com certeza está com estômago e intestinos em mau estado. Venha á cidade em meu consultório, que vou providenciar uns exames e ver como está sua saúde.
          Jeca foi ao consultório do Doutor e depois e feito alguns exames, o médico concluiu que ele precisava fazer um bom tratamento, alimentar-se melhor e deixar a cachaça.
          Além do mais, você precisava andar calçado, pois pela sola dos pés, é que passam os micróbios que danificam a sua saúde. Mostrou através de uma lente de aumento a ação dos micróbios. Jeca ficou abismado com o que ficou sabendo. Até o cãozinho preto do caipira estava de testemunha do que o doutor falava.
          Na volta para casa, Jeca passou na farmácia e já mandou aviar a receita Eram algumas vitaminas e Biotônico Fontoura um fortificante porreta. Comprou também algumas frutas e legumes ovos e leite, passando a se tratar melhor.
          E não deu outra. O nosso Jeca começou a ficar forte e passando a mão em um machado, cortava lenha em abundância. Depois quando ia ao mato buscar lenha, trazia um belo feixe na cabeça Começou a tomar gosto pela coisa e a sua plantação de milho, feijão e mandioca começou a produzir.
          Saia para caçar e não tinha medo de nada. Ouvia a onça rugir e enfrentava a danada com socos e queda de braços. As feras corriam logo, embrenhavam-se pelo mato e Jeca ficava vitorioso no confronto. Sua fama alastrou-se na redondeza.
          Ficou gordo e bonitão. Arrumou até casamento.
          Fez uma casa maior e bem feita, com varanda e tudo mais. Andava de chapelão e botas. Teve filhos que ele também não deixava que andassem descalços. Pois sabia agora quanto vale a saúde.
          Tão compenetrado era, com respeito a isso, que até seus porcos e galinhas, tinham botinas.
          Criava porcos em pocilgas bem construídas e duas vezes por ano, levava-os em seu caminhão
          Para vende-los no mercado da cidade. Comprou mais terras e formou uma pequena fazenda a quem deu o nome de Fazenda Feliz.
          A sua vida, ficou totalmente modificada e para muito melhor. Tinha telefone, e uma TV que via á noite, sentado em uma cadeira de balanço.          A sua casa era bem arrumada, com um relógio que batia as horas. Em fim, o nosso antigo caipira, era hoje homem de negócios e aos domingos, ia á cidade, cavalgando um belo cavalo alazão, soltando boas baforadas de seu charuto.
          Conclusão: O Jeca de outros tempos, agora transformado em seu estado de saúde e progresso financeiro era mesmo um vencedor na vida. Graças a modificação de sua conduta em relação a higiene, a saúde e ao trabalho.